Entre Nós
e o Mundo
(Brasil, 2019, 17’, dir. Fábio Rodrigo)
Um retrato emocional do momento de vida de Erika, moradora da Vila Ede. Um de seus filhos adolescente foi recentemente assassinado em uma abordagem policial e está preocupada com o outro, que hoje tem 17 e segue vivendo no mesmo bairro. Erika está grávida. O medo, a dor e a alegria se misturam demais na periferia de São Paulo.
Ficha Técnica
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Roteiro original: Fábio Rodrigo
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Fotografia: Rodolfo Figueiredo
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Edição: Caroline Neves
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Compositor de la música original: Pedro Santiago
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Som: Juliana Santana; Henrique Gentil ;Luana Santos
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Edição de Som: Glauber Alves
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Mixagem: Allan André
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Diretor de Arte: Caroline Neves
Sessões na Mostra
Online
14/09 a 19/09 - Plataforma TodesPlay
Presencial
17/09, às 15h (BRT) - CFC Cidade Tiradentes
146 lugares (limitados a apenas 30% da capacidade)
Avenida Inácio Monteiro, 6900, bairro Cidade Tiradentes - São Paulo
18/09, às 15h30 (BRT) - Centro Cultural São Paulo
Sala Paulo Emílio | 99 lugares (limitados a apenas 40% da capacidade)
Rua Vergueiro, 1000 - Metrô Vergueiro - São Paulo
Cine-Debate (atividade fechada):
15/09, às 14h (BRT) - Oficina Cultural Alfredo Volpi e Senac
Mediação: Mayra de Oliveira Ribeiro, UNEAFRO
#VidasNegrasImportam: Os filmes Entre Nós e o Mundo (Brasil, 2019), Eu Pareço Suspeito? (Brasil, 2018), O Bocado da Cova da Moura que há em Nós (Portugal, 2014) e O Caso do Homem Errado (Brasil, 2017) integram o eixo temático da Mostra VIDAS NEGRAS IMPORTAM: violência de Estado e genocídio da população negra. Todos abordam o genocídio como o extermínio deliberado – físico e simbólico – de pessoas motivado por diferenças étnicas, nacionais, raciais, religiosas e, por vezes, sociopolíticas. No Brasil, o genocídio da população negra é um tema urgente, realidade decorrente do racismo estrutural que molda o Estado e a sociedade, afeta a polícia, as empresas, as instituições políticas e a população como um todo. Entre Nós e o Mundo retrata faces da violência de Estado e suas repercussões sobre jovens que enfrentam as tensões de se viver entre suas condições juvenis sujeitas a violências, exclusões e até a morte, e a busca de brechas para resistir e reexistir.
18/09, às 16h (BRT) e às 20h (PRT),
na e no
Debate VIDAS NEGRAS IMPORTAM, com
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GISELLE FLORENTINO, economista e coordenadora Executiva da Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial-Baixada Fluminense-RJ.
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DÉBORA SILVA, mãe de Edson, vítima do massacre de Maio de 2006. Fundadora e coordenadora do movimento Independente Mães de Maio. Educadora popular e pesquisadora do CAAF-Unifesp e PLPs e fundadora da Rede Nacional de Mães e Familiares.
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NILMA BENTES, engenheira agrônoma, uma das fundadoras do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará, afiliado à Rede Fulanas NAB - Negras da Amazônia Brasileira; da AMNB - Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras e da Coalizão Negra Por Direitos. Foi a idealizadora da Marcha das Mulheres Negras (2015).
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Intervenção poética de LUZ RIBEIRO, integra o grupo de pesquisa e teatro “coletivo legítima defesa”, escreve desde que fora alfabetizada e nem por isso se acha poeta, sonha com o dia que será poesia. Slammer. Luz é: mar-mãe de ben e filha-mar de odoya.
Sobre o realizador
Fabio Rodrigo é um roteirista e diretor paulista nascido em 1983. Em 2015 dirigiu ao lado de Caroline Neves seu 1º curta, Lúcida (2015), que participou de mais de 20 festivais e conquistou 8 prêmios, entre os quais o de Melhor Curta pelo Júri da Crítica no Festival de Cinema de Gramado, um dos mais importantes do Brasil. De uma maneira muito poética, Lúcida retrata uma mãe solteira da periferia de São Paulo que luta para criar seu bebê. Kairo (2018) é seu segundo curta, um filme que também acontece na periferia de São Paulo, sobre um garoto negro que tem que enfrentar uma dura verdade. Kairo também estreou no Festival de Cinema de Gramado, onde ganhou o prêmio de melhor diretor, além das participações no Festival Internacional de Curtas de São Paulo, Curta Cinema RJ e Festival de Brasília do Cinema Brasileiro entre outros. Em 2019 o filme estreou no circuito comercial em sessões conjuntas com o longa "Los Silêncios" da Diretora Beatriz Seigner, exibido também na Semana da Crítica no Festival de Cannes. Nascido e criado na Vila Ede, Zona norte de São Paulo, Fabio usa sua vivência para contar histórias que se passam na periferia através do olhar de quem vivencia essa realidade todos os dias. Criador do projeto IRA NEGRA – Filmes do gueto para o gueto, com o objetivo de produzir filmes na periferia.