Entremarés
(Brasil, 2018, 20’, dir. Anna Andrade)
No chão de lama, mulheres compartilham os seus vínculos e vivências com a maré, a pesca, e a Ilha de Deus.
Ficha Técnica
-
Realização / Distribuição: Tarrafa Produtora
-
Roteiro e Direção: Anna Andrade
-
Assistente de Direção: Caio Sales
-
Direção de Produção: Caio Sales, Laura Martinez
-
Produção Executiva: Daniela Azevedo
-
Assistente de Produção: Josuel Moriarty
-
Edição: Caio Sales
-
Direção de Fotografia e Colorista: Adalberto Oliveira
-
Assistente de Fotografia: Catharine Pimentel
-
Operador de Drone / Imagens Aéreas: Alex Costa
-
Fotografia Still: Aline Sales, Bruna Belo, Mariana Medeiros
-
Som Direto: Lucas Caminha
-
Som Direto Adicional: Catharine Pimentel
-
Desenho de Som e Mixagem: Lucas Caminha, Nicolau Domingues
-
Trilha Sonora: Hugo Coutinho, Iezu Kaeru
-
Poesia e Narração: Gabrielle Vitória (Luna Vitrolira)
-
Ilustração / Desing: Diego Akel, Francimone Campos
-
Autoração DVD e Blu Ray: Rebeka Tenório
-
Finalização em DCP: Adelmo Tenório
-
Logística: Thiago Rodrigues
-
Elenco: Ginha, Rita, Sandra.
#EmDefesaDaVida: Os filmes A Sússia (Brasil, 2018), Entremarés (Brasil, 2018) e Nhemongueta Kunhã Mbaraete (Brasil, 2020) integram o eixo temático da Mostra EM DEFESA DA VIDA: direito ao território e ao modo de viver. Os três filmes mostram diferentes modos de viver, a resistência e a luta por justiça socioambiental. E reafirmam que a garantia dos bens comuns (as águas, os territórios, as florestas etc.) e da diversidade cultural só é possível a partir da ação política organizada de forma autônoma por comunidades e redes. Entremarés retrata a articulação das mulheres líderes comunitárias ligadas à pesca de sururu e camarão na Ilha de Deus, em Recife. As trabalhadoras ativistas pautaram a necessidade de políticas públicas de revitalização ambiental e projetos sociais e de infraestrutura, como a construção de uma ponte de concreto, que foi batizada de Vitória das Mulheres. Hoje, a ilha é um símbolo de resistência social e urbana.
Sessões na Mostra
Online
14/09 a 19/09 - Plataforma TodesPlay
Presencial
19/09, às 16h (PRT), Museu do Aljube (Portugal)
25 lugares / R. Augusto Rosa 42, 1100-059 - Lisboa
15/09, às 19h (BRT), na e no
Debate: EM DEFESA DA VIDA, com
-
NILCE PONTES PEREIRA, quilombola, agricultora familiar, agroecóloga, educadora popular, coordenadora nacional da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq) e membro do Fórum de Comunidades Tradicionais da Equipe de Articulação e Assessoria às Comunidades Negras do Vale do Ribeira.
-
BIA PANKARARU, natural do Território Indígena Pankararu, em Pernambuco. Trabalha como técnica em enfermagem na Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena no Pólo Base Pankararu. É militante indígena LGBTQI+ e produtora cultural, e atriz do longa Rama Pankararu, dirigido por Pedro Sodré.
-
SOPHIA PINHEIRO, pensadora visual. Interessada em processos de criação, gênero, sexualidade e epistemologias ameríndias. É realizadora dos filmes “TEKO HAXY - ser imperfeita” (2018) co-dirigido com a cineasta Mbyá-Guarani Patrícia Ferreira Pará Yxapy e “Nhemongueta Kunhã Mbaraete” (Programa IMS Convida, 2020), em colaboração com Graciela Guarani, Patrícia Ferreira Pará Yxapy e Michele Kaiowá.
-
SEMAYAT OLIVEIRA é uma jornalista, escritora e documentarista e especialista em Cultura, Educação e Relações étnico-raciais pela ECA-USP. Cofundadora do Nós, mulheres da periferia, atua há dez anos com foco em criar novos imaginários e narrativas sobre as mulheres brasileiras, a periferia e a população negra.
-
Intervenção poética de LUZ RIBEIRO, integra o grupo de pesquisa e teatro “coletivo legítima defesa”, escreve desde que fora alfabetizada e nem por isso se acha poeta, sonha com o dia que será poesia. Slammer. Luz é: mar-mãe de ben e filha-mar de odoya.
19/09, às 16h (PRT), no Museu do Aljube
Sessão de curtas + debate* O CINEMA COMO ESTRATÉGIA - RUMOS E POSSIBILIDADES PARA FILMES ANTIRRACISTAS, com
-
ANGELA GRAÇA, nascida em Paris, de origem e nacionalidade cabo-verdiana e também de nacionalidade Portuguesa, é licenciada em Relações Internacionais pelo ISCSP e atualmente preside o Instituto da Mulher Negra em Portugal como voluntária, acumulando uma carreira profissional na Administração Pública, no Alto Comissariado para as migrações.
-
MAÍRA ZENUN, é artista, imigrante mãe, mulher negra brasileira em trânsito. Poeta desde a infância, publicou no blog Flores de Maio e participou da antologia "____ volta pra tua terra", da editora Urutau. Possui formação continuada em Ciências Sociais e Artes – Fílmicas, Poéticas, Performáticas e Fotográficas. Coordena e faz a curadoria de diversos ciclos de cinema negro.
-
MAMADOU BA, Cidadão português, nascido no Senegal. Vive há mais de duas décadas em Portugal, onde é ativista e militante anti-racista decolonial, dedicado às lutas pelos direitos humanos das pessoas racializadas e migrantes. É licenciado em Língua e Cultura Portuguesa pela Universidade Cheikh Anta Diop de Dakar; titular de Curso de Tradutor pela Universidade de Lisboa, Doutorando em Sociologia no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Foi Membro Fundador da Associação Luso-Senegalesa, da Rede Anti-Racista de Portugal, da Diáspora Afrique, assim como da Aliança das Pessoas Africanas e de Ascendência Africana na Europa. Foi membro efetivo do Conselho da Administração da European Network Against Racism de 1999 a 2012, em representação de Portugal. Integra o Movimento SOS Racismo e a sua direção desde 1998 e participou na redação da Carta Aberta à ONU da Plataforma Afrodescendentes de Portugal. Integrou o Grupo de Trabalho Censos 2021, criado pelo governo pela inclusão da recolha de dados étnico-raciais. Foi membro da Comissão Permanente da Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR), do Conselho Científico do Afroeuropean 2109 e de vários Conselhos Científicos de projetos académicos sobre a temática da desigualdade e do racismo. Integra o Equinox Steering Group e o Grupo de Trabalho para a Prevenção e Combate à Discriminação Racial. Tem vários artigos e participações em publicações sobre a temática do racismo, migrações e a diversidade étnico-racial.
-
MARTA LANÇA é editora do portal BUALA. Formada em Estudos Portugueses e doutoranda em Estudos Artísticos pela FCSH -UNL, tem trabalhado na área cultural em países africanos de língua portuguesa. Tem igualmente experiência em cinema, pesquisa, produção e programação. Organiza ciclos entre práticas artísticas e debates, como o "Paisagens Efémeras", dedicado a Ruy Duarte de Carvalho (2015), "Para nós por nós produção cultural africana e afrodiaspórica em debateo" (com Raquel Lima, 2018), "Eu sou esparsa e a liquidez maciça, gesto de Liberdade" (no maat em 2020) e a rede Terra Batida, a partir de conflitos socio-ambientais (com Rita Natálio). Traduziu livros do filósofo camaronês Achille Mbembe, tendo acabado de sair o Brutalismo, pela editora Antígona. Recentemente, coordenou a parte de Lisboa do projeto do "ReMapping Memories, lugares de memória Lisboa e Hamburgo", do Instituto Goethe.
-
FERNANDA POLACOW, vive entre Portugal e Brasil desde 2019. Mestranda em Antropologia Visual, é roteirista, realizadora e representante da Taturana em Portugal. Estuda e escreve sobre cinema e pós-colonialismo. Já escreveu e realizou para canais de televisão como Al Jazeera, HBO, Globo, RTP, NHK, entre outros. Indicada ao prêmio de Melhor Argumento Original pelo longa Mosquito, pela Academia Portuguesa de Cinema.
*sessão às 16h, debate às 17h (PRT)
Sobre a realizadora
Anna Andrade é Produtora Cultural, Realizadora Audiovisual e Distribuidora, bacharela em administração e produção cultural, com especialização em gestão de projetos. Fundadora da Tarrafa Produtora, atua na elaboração e administração de projetos de audiovisual, cinema, fotografia e música; produção e produção executiva, tradução e legendagem de conteúdo, atividades de formação e distribuição de filmes. Integra a ABD/Apeci e a APAN. É produtora e curadora da Semana do Audiovisual Negro. Distribui curtas como Bolha (Mateus Alves), Enraizada (Tiago Delácio), Nimbus (Marcos Buccini), Dupla (Chico Ludermir), D-20 Vermelha (Djaelton Quirino). Assina direção de produção e/ou produção executiva de projetos como "Cosmo Grão - Disco Virtual" (música), "Olinda Luz" (fotografia), “Sonhos” (curta-metragem – Chico Lacerda), “Açúcar” (desenvolvimento de longa-metragem – Joelton Ivson), “Finitude” (curta-metragem – Renata Cláus). Está em fase de pré-produção de seu próximo documentário, "Chapéu de Fogo", e integra o time de brasileiras selecionadas para o Industry Academy America Latina 2020, programa de formação intensiva de capacitação de profissionais para os desafios da indústria audiovisual independente internacional, realizado pelo BrLab - Laboratório de desenvolvimento de projetos audiovisuais, em parceria com o Locarno Film Festival e com o apoio do Programa Ibermedia.