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O caso do
homem errado

(Brasil,  2017, 77’, dir. Camila de Moraes)

O documentário conta a história do jovem operário negro Júlio César de Melo Pinto, que foi executado pela Brigada Militar, nos anos 1980, em Porto Alegre. O crime ganhou notoriedade após a imprensa divulgar fotos de Júlio sendo colocado com vida na viatura e chegar, 37 minutos depois, morto a tiros no hospital. O filme traz o depoimento de Ronaldo Bernardi, o fotógrafo que fez as imagens que tornaram o caso conhecido, da viúva do operário, Juçara Pinto, e de nomes respeitados da luta pelos direitos humanos e do movimento negro no Brasil. Além do caso que dá título ao filme, a produção discute ainda as mortes de pessoas negras provocadas pela polícia. A Anistia Internacional, inclusive, fala de genocídio da juventude negra devido ao grande número de jovens negros assassinados pelas forças de segurança no país.

Ficha Técnica

 

  • Empresa Produtora: Praça de Filmes

  • Roteiro: Camila de Moraes, Mariani Ferreira e Maurício Borges de Medeiros

  • Produção Executiva: Camila de Moraes e Mariani Ferreira

  • Elenco: (Depoentes) Juçara Pinto, Paulo Ricardo de Moraes, Ronaldo Bernardi, Luiz

  • Francisco Corrêa Bar- bosa, João Carlos Rodrigues, Jair Kirschke, Edilson Nabarro,

  • Renato Dornelles, Paulo Antônio Costa Corrêa, Waldemar Moura Lima, Vera Daisy

  • Barcellos, Romeu Karnikowski, Aline Kerber

  • Direção de Fotografia: Maurício Borges de Medeiros

  • Direção de Arte: (Não tem)

  • Trilha Musical: Rick Carvalho

  • Montagem: Maurício Borges de Medeiros

  • Som Direto: Cleverton Borges

  • Desenho de Som: Guilherme Cássio dos Santos

Sessões na Mostra

Online

17/09 a 19/09 - Plataforma TodesPlay 

*online 48h, sempre das 20h - 20h (BRT)

Presencial

18/09, 15h30 (BRT) - Centro Cultural São Paulo

Sala Paulo Emílio | 99 lugares (limitados a apenas 40% da capacidade)

Rua Vergueiro, 1000 - Metrô Vergueiro - São Paulo

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18/09, às 16h (BRT) e às 20h (PRT),

na                        e no 

Debate VIDAS NEGRAS IMPORTAM, com 

 

  • GISELLE FLORENTINO, economista e coordenadora Executiva da Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial-Baixada Fluminense-RJ.

  • DÉBORA SILVA, mãe de Edson, vítima do massacre de Maio de 2006. Fundadora e coordenadora do movimento Independente Mães de Maio. Educadora popular e pesquisadora do CAAF-Unifesp e PLPs e fundadora da Rede Nacional de Mães e Familiares.

  • NILMA BENTES, engenheira agrônoma, uma das fundadoras do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará, afiliado à Rede Fulanas NAB - Negras da Amazônia Brasileira; da AMNB - Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras e da Coalizão Negra Por Direitos. Foi a idealizadora da Marcha das Mulheres Negras (2015).

  • Intervenção poética de LUZ RIBEIRO, integra o grupo de pesquisa e teatro “coletivo legítima defesa”, escreve desde que fora alfabetizada e nem por isso se acha poeta, sonha com o dia que será poesia. Slammer. Luz é: mar-mãe de ben e filha-mar de odoya.

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#VidasNegrasImportam: Os filmes  Entre Nós e o Mundo (Brasil, 2019), Eu Pareço Suspeito? (Brasil, 2018), O Bocado da Cova da Moura que há em Nós (Portugal, 2014) e O Caso do Homem Errado (Brasil, 2017) integram o eixo temático da Mostra VIDAS NEGRAS IMPORTAM: violência de Estado e genocídio da população negra. Todos abordam o genocídio como o extermínio deliberado – físico e simbólico – de pessoas motivado por diferenças étnicas, nacionais, raciais, religiosas e, por vezes, sociopolíticas. No Brasil, o genocídio da população negra é um tema urgente, realidade decorrente do racismo estrutural que molda o Estado e a sociedade, afeta a polícia, as empresas, as instituições políticas e a população como um todo. O Caso do Homem Errado, de Camila de Moraes, retrata as faces da violência de Estado em um determinado momento do país, localizando historicamente um tema que permanece, de diferentes formas, nos dias de hoje: o genocídio da população negra.

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Sobre a realizadora

 

Camila de Moraes é jornalista e graduanda no curso B.I. de Artes com concentração em audiovisual pela Universidade Federal da Bahia. Na área do cinema dirigiu o documentário de longa-metragem "O Caso do Homem Errado" que aborda a questão do genocídio da juventude negra no Brasil. A cineasta se tornou a segunda mulher negra a entrar em circuito comercial com um longa-metragem após 34 anos de silenciamento no Brasil. A primeira mulher negra foi Adélia Sampaio, em 1984, com o longa-metragem de ficção “Amor Maldito”. Aclamado, o longa “O Caso do Homem Errado” esteve na seleta lista de pré-selecionados pelo Ministério da Cultura para representar o Brasil e concorrer ao prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2019. Idealizadora e Curadora do Festival Cinema Negro em Ação.

 

Atualmente desenvolve o projeto de uma série de ficção chamada “Nós Somos Pares” que aborda a vida de seis mulheres negras e suas relações de amizade e amores. Camila de Moraes também dirigiu o curta-metragem “A Escrita do Seu Corpo”, que trata sobre a questão de identidade racial e de gênero por meio da poesia. Produziu e co-roterizou o documentário “Mãe de Gay” vencedor de dois Galgos de Ouro no Festival Universitário de Gramado. Fez produção do curta-metragem de ficção “Marcelina - com os olhos que a terra há de comer”, de Alison Almeida, e assistência de produção do documentário “Poesia Azeviche”, de Ailton Pinheiro. Assina a direção do curta-metragem documental “Mãe Solo” realizado durante a pandemia. Camila de Moraes é gaúcha, mas reside em Salvador há onze anos.

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